O vento do
crepúsculo sopra pelas ruas,
faz tilintar
as folhas do coração,
abre
alamedas de poeira nos campos,
um rasto de
luz e água
no naufrágio
do teu peito incendiado.
Como uma
seta, chega a noite
e o murmúrio
das árvores cresce,
desenha
bandos de pássaros escuros,
um exército
de flores devastado
sobre um
jardim preso ao luar.
Sentado,
leio-te um livro nocturno,
a história
inacabada de uma princesa,
o rumor de
uns passos na escuridão.
Adormeces e
tapo-te com o linho do lençol
e leio o
pudor do teu rosto até amanhecer.
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