Mostrar mensagens com a etiqueta Crepúsculo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Crepúsculo. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tempos de crepúsculo

Carlo Carra - Depois do pôr-do-sol (1927)

Nada simboliza melhor os nossos tempos do que o crepúsculo que anuncia a noite. Há ainda um resto de luz, mas a sua força e vigor desapareceu há muito. Aquilo que era claro tornou-se - e está a tornar-se cada vez mais rapidamente - obscuro. A terra é agora um lugar de errância, de onde desapareceu a força orientadora. A preocupação com a vida material é a noite onde o impulso do espírito enfraquece e quase soçobra na escuridão das trevas.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Corpo crepuscular

Jorge Apperley - Crepúsculo (1922)

Pelo desejo, compreendemos a natureza crepuscular do corpo. A sua luz, mesmo nas horas de maior vigor, indica sempre a incompletude, a ausência de alguma coisa que se manifesta na dinâmica desejante. O corpo nunca é dia pleno nem noite fechada. É apenas aquela luz frouxa e indecisa que parece hesitar na fronteira entre dois mundos.