Dizia o velho Hegel que a leitura dos matutinos é a oração da manhã do homem moderno. Dois séculos passaram sobre o dito e à imprensa veio juntar-se um sem fim de meios de comunicação. Mas a que Deus ora o homem moderno? Quando me levanto e abro a Internet e percorro os jornais e blogues o que descubro? Sim, pode-se sempre cultuar o espírito do tempo, mas não é bem ele que aparece em tudo o que é, para o homem moderno, motivo de oração matinal. O que aparece é a espuma. Não é a espuma, porém, uma forma de ocultação da água? O que se esconderá nessa espuma? A que deus oraremos nós homens ainda modernos? Não valerá mais voltar à ingenuidade do homem tradicional e invocar o Deus bíblico? Talvez já não nos seja consentida tanta ingenuidade e não tenhamos outros remédio do que o politeísmo que a comunicação nos traz de manhã, à tarde e à noite. Mas se Cristo aqui estivesse como e a quem oraria ele pela manhã? Mas não é Ele que cada um de nós é?