domingo, 27 de novembro de 2011

Poemas do Viandante

240. Etéocles e Polinices

foi dura a batalha
e de sangue nunca a terra se cansa
pobres flores as que
édipo semeou

são cardos e joio
a palha seca
que o vento pela sombra
de tebas levou

sábado, 26 de novembro de 2011

Haikai do Viandante (13)


o dia amanhece
luz e sombra, jardim onde
a rosa floresce

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

Haikai do Viandante (12)


cada folha caída
pelo tempo frio de outono
ó luz renascida

Salve Regina, Arvo Pärt


Um salto no tempo, do tempo de Pergolesi (1710-1736) para o nosso, para Arvo Pärt, do Stabat Mater para a Salve Regina. Mas não por acaso, sempre sob a égide de Maria.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Stabat Mater, de GB Pergolesi (2)


Uma outra versão do Stabat Mater, de Pergolesi. A imagem que o autor do vídeo escolheu para acompanhar a peça musical é eloquente. Não é meramente uma mãe que chora a morte do seu filho. É ao mesmo tempo as dores da alma no parto do Verbo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Stabat Mater, de GB Pergolesi



Stabat mater dolorosa
juxta Crucem lacrimosa
dum pendebat Fillius

(todo o texto aqui)

Nunca me canso de ouvir. Esta é a versão de que mais gosto (sopranista, embora aqui seja ainda uma criança, e contratenor). Não sei do que mais gosto, se do texto, se da composição de Giovanni Battista Pergolesi, se das excepcionais interpretações do Concerto Vocal, Sebastien Hennig e René Jacobs, Na transição que vai do primeiro verso Stabat mater dolorosa ao último paradisi gloria. Amen, o luto da mãe de Cristo transforma-se na vitória da vida sobre a morte, e percebemos como uma cena pascal é, ao mesmo tempo, a promessa do verdadeiro natal.

domingo, 6 de novembro de 2011

Haikai do Viandante (11)


árvore ao luar
ébrio fantasma nocturno
que oiço cantar

sábado, 5 de novembro de 2011

Haikai do Viandante (10)



sombras de azul
relembram aves sonâmbulas
sonhando o paul

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Haikai do Viandante (9)


o sol sobre a água -
uma planície de fogo
nuvens a arder

Poemas do Viandante

239. Ifigénia

no quadro de tiepolo
a lâmina no ventre
sussurra-me a armada
levada pelo vento

e os aqueus partem para a guerra
vão viris e livres
navegam num mar de sangue
que desceu do teu corpo
e limpou a terra

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Poemas do Viandante

238. Ulisses

pobre ulisses o mar encapelado
é uma sombra suave
sobre o teu ombro
e a ira do deus
um refrigério na tarde

penélope escolheu
e as núpcias de ferro
estão consumadas

não suspires ainda
a noite só agora começa