terça-feira, 26 de setembro de 2017
Ex nihilo
terça-feira, 13 de setembro de 2016
A demanda
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
O desejo e o nada
quarta-feira, 12 de junho de 2013
O olhar da noite
sábado, 27 de abril de 2013
O silêncio e o nada
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Da adoração dos ídolos
domingo, 22 de maio de 2011
Esperar
quinta-feira, 8 de maio de 2008
A fonte que mata a sede
Se pretender encontrar-me a mim mesmo, onde poderei descobrir esse fundo que me permite reconhecer uma identidade? Cada um dos meus traços, físicos ou psicológicos, é evanescente, mutável, redutível a nada. Essa aniquilação parece, então, ser o centro da minha identidade e cada um dos traços com que me apresento a mim ou aos outros não passa de uma máscara que esconde a ausência substancial de uma realidade. É nesse nada que deverei mergulhar, pois esta imersão é a aceitação plena daquilo que sou: nada, ou para o dizer de um outro modo: sou pó e ao pó tornarei. O nada, porém, deixa-me livre e é nessa liberdade que posso abrir-me para aquilo que em mim é mais do que eu. Uma substância? Uma coisa? Um objecto? Não, é um nada de onde as substâncias, as coisas e os objectos tiram a sua substancialidade, a sua coisidade, a sua objectidade. Procurar esse nada é procurar a fonte que mata a sede.