Ninguém sabe
a hora da reconciliação,
o mundo
aberto à placidez,
ao rumor dos
teus passos no jardim.
Ninguém sabe
o tempo dos astros,
as estrelas
inquietas
que cintilam
nos teus olhos.
Componho um
livro de histórias,
traço em
cada página o segredo,
o lento
fulgurar de uma vida.
Depois
entrego-o ao silêncio da noite,
à constelação
mais tumultuosa
e espero que
a árvore frutifique.
Tudo o que
escrevo são orações,
uma acção de
graças
pela
letargia que há em cada ser.
Na quietação
que nos habita,
uma voz
ressoa,
ave de papel
a latejar sobre o infinito.
Penso na
coragem reservada dos heróis,
penso nos
peregrinos perdidos,
penso no
campo devastado pela cólera.
Não há
ciência para tal pensamento
e sento-me se
a madrugada vem
e anuncia o
tempo da reconciliação.
Muito, muito bom!!!!
ResponderEliminarPelos vistos as Musas continuam activamente fulgurantes de inspiração ao Poeta. Muito bom
ResponderEliminarMuito obrigado, Maria. Serão de confiar as Musas? Talvez não haja outro remédio.
ResponderEliminarCreio que sim, que se pode confiar nas Musas Habitam-nos, no mais fundo de nós. É de lá que nos inspiram, dessas profundidades abissais.
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