neste vazio
sem nome nasce uma luz
entre um
renque de árvores outonais
ilumina-te
os passos se entardece
incendeia o
coração de quem passa
e quer pôr
os pés na areia limpa
para escutar
a rebentação
colecciono
sombras a arder nos teus dedos
guardo-as
numa caixa trazida de longe
de uma terra
sem noite e sem sol
de uma terra
de arquitectura branca
e madeiras
perfumadas
pelo odor
bravio de uma selva azul
por vezes
julgamos ser um limite
mas a
estrada abre-se e rasga o horizonte
é sempre
assim que acontece
se a matéria
do teu trabalho é luz ou sombra
o fim nunca
é o fim
e mal
termina o canto outro recomeça
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