Egon Schiele - Mulher com meias pretas (1913)
14. Esse teu ser
de rosa desbravada
Esse teu ser
de rosa desbravada,
Esse teu
querer branco e silencioso,
Essa tua mão
de seda iluminada,
Essa tua luz
no dia breve e ocioso.
Tudo isso
guardo na memória,
Horas longas,
sombrias, horas perdidas,
Onde perder-me
era fim, vitória,
Prazer secreto,
ânsias desmedidas.
Infindável
engano que aos mortais
Sempre traz o
seu fruto envenenado.
Na fímbria
da tua pele, os meus dedos
São sinal,
são desejo de mais e mais
Querer esse
teu ser embriagado,
Perdido na fria
luz dos meus segredos.
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