Júlio Pomar - da série Tigres (1983)
406. O desejo cresce no fundo do tigre
O desejo cresce no fundo do tigre,
a luz iluminada pela sombra,
o leito onde o amor se amarrotou.
Desdobro cada ruga da tua pele
e sinto um cântico a pulsar no coração,
a voracidade da ânsia,
o rasgão que me toca o ventre
e traz sobre a noite um uivo animal.
Que poema... que palavras... Nem sei o que dizer e, portanto, apenas lhe digo que gosto muito. E a pintura que escolheu é perfeita.
ResponderEliminarE que sinta sempre que, por dentro de cada noite, mesmo que em silêncio, um uivo animal chega limpo até si.
Muito obrigado.
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