terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Da inocência

Paul Gauguin - A perda da inocência (1871)

Como a primeira inocência é já tão culpada. Nela reside a sua própria perda. Como foi possível uma visão tão fruste da inocência? Como se gerou esse equívoco que a confunde com a ausência da experiência? A questão não está em evitar a acção ou a tentação, mas em entregar-se ao agir de forma que ele se torne puro. Não é a experiência que macula o homem, mas é o homem que mancha as suas experiências. O fundamental não é a inocência mas o tornar-se inocente. O problema não reside em perder a inocência mas em não a conquistar.

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