Vincent Van Gogh - Senda del bosque (1887)
20. São frívolos
os tempos que a vida
São frívolos
os tempos que a vida
Trouxe para
vivermos, são invernos
De que não
haverá fim, primaveras
Abortadas no
seio da madrugada.
Desçamos ao
sagrado esquecimento,
Ocultemos de
nós os dias felizes.
Que o bom anjo
da noite por ti vele
E traga o
veludo das estrelas,
A promessa
do sono que teremos,
O silêncio
que ao mundo me subtrai.
Tempo
transfigurado, terra avara,
Nele perdi a
infância, essa casa
Onde a luz,
pura e frágil, não se apaga,
Bosque de
sombra e puro amanhecer.
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