Pablo Picasso - A sombra sobre a mulher (1953)
18. Ser apenas
um vulto e uma chama
Ser apenas
um vulto e uma chama,
O vento que
no fundo da florestaSussurra o teu nome e por ti clama,
Solidão silenciosa que lhe resta.
Ser apenas a
sombra, ir e vir
Ao ritmo
dessa luz que de ti cai,E em cada momento discernir
No amor o que chega e o que vai.
Ser apenas
um nada que te olha,
Pura rosa
que breve se desfolha.Ser um vulto perdido pelas ruas
E ansiar essas
mãos leves e nuas,
Para sofrer na
hora do desejoA viva solidão em que te vejo.
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