Gustav Klimt - Dánae (1907-8)
17. Estranha
geometria a dos teus braços
Estranha
geometria a dos teus braços,
Pobre flor
desfolhada p’la manhã,
Surpresa deslumbrada
nos cansaços,
Frágil Eva perdida
na maçã.
Vejo-te
nesta hora que a pressa,
Negra no seu
silêncio, matará.
Celebremos a
vida porque essa,
Fria, rápida,
por nós, vil, passará.
Quero-te
pois, agora, ao prazer
Submetida. Desejo
ao desejo chama,
E despido o
teu corpo se dá a ver.
E tudo em
mim treme e se inflama
Ao tocar-te e
sentir o teu querer,
Que pelo meu
de súbito reclama.
Este poema é lindíssimo.
ResponderEliminarMuito obrigado, UJM.
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