Jorge Apperley - Crepúsculo (1922)
Pelo desejo, compreendemos a natureza crepuscular do corpo. A sua luz, mesmo nas horas de maior vigor, indica sempre a incompletude, a ausência de alguma coisa que se manifesta na dinâmica desejante. O corpo nunca é dia pleno nem noite fechada. É apenas aquela luz frouxa e indecisa que parece hesitar na fronteira entre dois mundos.
O corpo é mesmo fronteira. Fronteira entre vida e morte.
ResponderEliminarSim, como todas as fronteiras, também o corpo é um lugar de encontro, desse encontro que refere, o da vida com a morte.
EliminarSerá?! Ou, a vida e a morte nasceram em simultâneo com o corpo?!
ResponderEliminarHá corpo antes do corpo vivo, o corpo inanimado, o corpo que ainda não recebeu o sopro.
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