quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Corpo crepuscular

Jorge Apperley - Crepúsculo (1922)

Pelo desejo, compreendemos a natureza crepuscular do corpo. A sua luz, mesmo nas horas de maior vigor, indica sempre a incompletude, a ausência de alguma coisa que se manifesta na dinâmica desejante. O corpo nunca é dia pleno nem noite fechada. É apenas aquela luz frouxa e indecisa que parece hesitar na fronteira entre dois mundos.

4 comentários:

  1. O corpo é mesmo fronteira. Fronteira entre vida e morte.

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    1. Sim, como todas as fronteiras, também o corpo é um lugar de encontro, desse encontro que refere, o da vida com a morte.

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  2. Será?! Ou, a vida e a morte nasceram em simultâneo com o corpo?!

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    1. Há corpo antes do corpo vivo, o corpo inanimado, o corpo que ainda não recebeu o sopro.

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