domingo, 25 de maio de 2008

O cativeiro

O mundo é como a caverna de Platão. Dentro dele há apenas prisioneiros, mas prisioneiros de uma ilusão tenebrosa. Que ilusão será essa? É a ilusão que nos torna prisioneiros da imagem que de nós construímos. Somos então habitantes de uma dupla prisão. O mundo e o eu que se ata aos seus desejos e à avidez com que quer tomar para si o que não pertence a ninguém. Mas a libertação não significa uma fuga ao mundo, mas renúncia às suas próprias ilusões, à sua mesquinhez, à avidez que tudo coloniza. Liberto de si, aquele que peregrina nesta terra liberta-se também do mundo enquanto cativeiro.

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