segunda-feira, 5 de maio de 2008

Margem segura

Um dia perdido em divagações e impotência. Em nada do que faço adiantei um milímetro que fosse, apenas as horas passaram e eu passei com elas, como se o meu destino fosse apenas passar. Desespero de mim e lanço um grito de angústia na noite que cai. Quem me escutará? Sinto no corpo uma lassidão tão grande e no espírito uma fria indiferença por tudo o que me compete fazer. A vontade frágil soçobra num mar de indolência e eu sinto-me a afundar e deixo-me ir como se dar aos braços e rumar para a margem segura fosse a mais difícil das tarefas que cabe ao homem no mundo.

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