Albano Vitturi - L'ombrellone (1930)
O homem não suporta a luz, o seu regime é o claro-escuro, o meio termo entre a luminosidade pura e a completa ausência de luz, as trevas. A sombra torna-se uma possibilidade, a possibilidade do homem caminhar em direcção à luz, avançando de "claridade em claridade", como se o seu espírito precisasse de se ir aclimatando, pouco a pouco e com elevado esforço, ao luminoso. A sombra é o anjo da guarda daqueles que aspiram caminhar para a luz. Protege-os e refreia-lhes o ímpeto. A sombra é o sinal da fragilidade do homem e uma dádiva. É também um perigo. Quando o homem pensa que o seu destino é a sombra, perde a luz que o orienta e começa a cair nas trevas.
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