Há uma indolência que me impede de abrir caminho na floresta. De onde nasce? Por vezes julgo que a sua origem está nas coisas exteriores e na sedução com se apresentam ao meu olhar. Depois reconsidero e é em mim, descubro, que ela está. As coisas exteriores e o seu fascínio só me obscurecem porque há algo obscuro em mim. No centro do meu ser, há uma porta que se fecha e a luz que por ela deveria entrar não entra. O peso da porta amolece, sim, é esta a palavra certa, a vontade e o corpo deixa-se cair num torpor sem significado e sem horizonte. Nesse torpor, vou perdendo a vida, prendendo-me a isto e àquilo, como se tudo isso me distraísse da porta fechada que me pesa dentro do coração.
Há que encontrar a chave para abrir a porta. Deve estar por aí, algures, no meio do caminho, talvez no ponto em que os caminhos divergiam antes de seguir por aquele que não foi tomado:
ResponderEliminarRobert Frost (1874–1963). Mountain Interval. 1920.
1. The Road Not Taken
TWO roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
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Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,
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And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
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I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
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