A jornada já vai longa, mas o caminho ainda não se mostrou. Procuro aqui e ali, mas é sempre a decepção que vem. Por vezes, sigo sem saber para onde; outras, determino com exactidão a estrada. Mas perco-me sempre, como se uma luz me faltasse e o discernimento fosse tão frágil como uma caravela perdida no mar em procela. Sento-me e escrevo, escrevo sobre a falta de norte, escrevo cansado, escrevo iluminado pela chuva que lá fora se derrama sobre as avenidas. Há muito que me perdi no caminho que seria o meu, se o tivesse, ou se me fosse dado.
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