Um pequeno elogio e logo o nosso querido eu se engrandece e aspira a ser maior do que a mais elevada montanha. Como aprender a não levar a sério os elogios? Como aprender a ser delicado e grato com o elogiador e ao mesmo tempo não sentir uma ponta de orgulho no risível feito que nos é atribuído? Saber que não se é nada seria o melhor caminho, mas esse saber terá de ser mais fundo do que o saber da razão, deverá ser uma saber enraizado nos intestinos e nos ossos e no coração e no sangue. Mas o bem ou a beleza presente naquilo que nos é atribuído será propriedade nossa? Aquilo que nos é mais próprio será, porventura, o que é menos nosso.
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