Edvard Munch - The Hands (1893)
3. Que o teu seio se desvele, que a tua mão
Que o teu
seio se desvele, que a tua mão,
suada e suave,
se entregue, que a tua boca
se abra, e
língua e lábios sejam mel, fogo,
orvalho
matinal, o ar da floresta.
E pura e
desvalida, te entregues,
na noite
fria e calma, ao desejo
que os teus
olhos nos meus incendiaram,
que os seios
brancos e cálidos atearam.
Espero-te na
tarde azul e pálida.
Uma ânsia
fere o peito, rasga-me a pele,
rompe-me as
veias e o sangue frio se esvai.
Quando oiço os
teus passos, quando a voz,
serena e
pura, chama já por ti,
uma rosa de seda
ergue-se em mim.
Acho este poema muito belo, muito romântico.
ResponderEliminarTomei a liberdade de o divulgar hoje no meu blogue 'Ginjal e Lisboa'. Espero que não se importe.
Como poderia importar-me? Eu é que fico agradecido.
ResponderEliminarMuito obrigado.