Tristes e
velhas as ruas desta vila,
pedras de
sombra, fiel mansão da pálida
enfermidade.
Na distância o rio
lembra o
vazio. Restos de cal e vidro,
uma janela, casa
aberta e amada.
Oiço-te a
voz, uma palavra azeda,
tanta amargura,
tanto fel e lágrimas,
sempre na
noite, sem amor nem ódio.
As minhas
mãos, um grito azul, um cântico:
eis a
riqueza, o fogo, a pedra e a água.
Esqueço a
vila, as ruas, o pó dos túmulos.
Deixo que o
sonho vão se cale ao cantar,
deixo que o
tempo, velho amigo meu,
na mesa
ponha rosas, vinho e pão.
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