Francisco dos Santos, Invocação, 1916 |
Não a voz que clama no deserto, mas aquela que rompe o silêncio da noite e chama sem parar, aquela que fende o cerco dos lábios e deixa as sílabas perderem-se no vendaval, aquela que pela aurora grita sobre a terra e ninguém a escuta. Essa é a voz de onde nasce, palavra a palavra, toda a invocação.