Diogo de Macedo, Eva, 1923 |
Deixo-te a esmeralda
da nostalgia
como herança
para os dias de
Dezembro.
Entrego-te o que
ganhei
e o que perdi
na névoa da noite.
Escuto-te entre
limoeiros,
para receber
a graça de uma cereja.
Ofereço-te o rumor da
melancolia
enrolado nos dedos
com que te abro ao
silêncio.
Agosto de
2020
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