Salvador Dali - Cabeça de Medusa (1962)
Apesar de Perseu, a Medusa continua a petrificar-nos. Sedutora, leva a que desviemos o olhar do nosso caminho e concentremos nela todas as nossas atenções. Transformados em pedra, tornamo-nos errantes, sem saber onde vamos e o que procuramos. A velha Górgona não é um mero monstro mitológico, mas a nossa capacidade de ilusão que nos ata de pés e mãos ao que é lateral e insignificante. O desejo da insignificância é o caminho que nos leva à Medusa e nos transforma, apesar de vivos, em rocha dura.
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