Caspar David Friedrich - Mist (1807)
395. Tudo se dissolve na neblina da manhã
Tudo se dissolve na neblina da manhã,
os barcos que vão e vêm,
as águas agitadas batidas pelo vento,
o perigo escondido na rocha escarpada.
O mundo torna-se um sonho translúcido,
a pesença de uma luz de seda,
lâmpada que ilumina as horas
e esculpe sobre a terra estátuas de sal,
pequenas gaivotas de pedra,
a mão que me estendes sobre o oceano.
O amor é um mistério de penumbra.
Olhamos e sentimos o coração pulsar,
há ervas e cardos, restos de comida,
um copo vazio à espera da tua boca.
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