Camille Pissarro, Outono, 1876 |
Sol de
Outono, matinal promessa
de novos mundos,
novas terras, nova
luz no
orvalho da aurora pálida,
nos desavindos
corações sombrios.
Traz o
fulgor a estes dias cegos,
às noites
frias onde o musgo verde
amadurece na
memória muda
de um
presépio esquecido, morto.
Oiço o
silêncio da floresta viva.
Vejo-o dançar
na cornucópia alegre
destas cidades
de cristal e pedra.
Canto o
devir vão da manhã de bruma,
o abandono do
jardim perene
ao sal de
fogo, aos sinais de Inverno.
Novembro
de 2023
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