René Bertholo, Pintura, 1959 |
Um prelúdio de pólen e poeira vibra
na música vacilante
nascida na teia do tempo.
Atmosferas de prata e néon,
o rasto de um cometa,
estrelas à deriva na esfera celeste.
Sobre a relva do jardim, salgueiros
pendem para o leito
onde salobra dorme a água da solidão.
Outubro de 2020