Júlio Pomar, Campinos, 1963 |
Tocar os animais pela lezíria, traçar rotas que só os cavalos conhecem, viver da aurora ao crepúsculo no silêncio onde rumoreja a erva e o murmurar sibilante do vento. Depois, estender a mão sobre o touro, e a noite eleva-se do animal, para que uma lua de feno e sargaço encontre aí a sua casa e dela derrame a luz virginal, onde se celebrarão as núpcias sagradas entre o dia e a noite.
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