William Turner, Barco a arder, 1826 |
Um barco arde no silêncio do mar. Aos céus elevam-se águas em fogo e as colunas de fumo lembram o dia em que Ifigénia foi imolada, para que os helenos tomassem o rumo da perdição de Tróia. Num bote oculto pelas ondas, o deus dos oceanos faz a contabilidade dos vivos e dos mortos, enquanto o vento sopra e as nuvens se avermelham, reverberando como um lençol de cobre batido pela inclemência solar.
Sem comentários:
Enviar um comentário