Manuela Marques, Espace 3, 2016 |
Chegados
ao termo de um longo corredor sobressaltamo-nos. Uma porta interrompe a viagem
e institui um enigma. Não é sem temor que a abrimos, pois não sabemos com que
mundo nos vamos deparar, se benfazejo, se ameaçador, se desafiante. Cada porta,
e muitas são as suas espécies, não é mais do que a projecção das portas com que
deparamos quando viajamos dentro do nosso espírito. Seguimos a via e, a certa
altura, somos confrontados por uma porta. Abri-la ou não é uma decisão de vida
ou de morte.