quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Arqueologias do espírito 1

George Pierre Seurat, Forêt à Pontaubert, 1881
Nunca a floresta deixa de fascinar os homens. É o lugar onde se escondem os perigos ancestrais e, ao mesmo tempo, o abrigo perante o avanço da superficialidade que a vida civilizada traz consigo. Aquilo que toca os homens, no mais secreto que há neles, é a sensação de que viver nela, percorrê-la, conhecer-lhe os caminhos e as clareiras os torna mais autênticos, como se a autenticidade nascesse do sombrio, da súbita luz que o ramalhar do vento deixa passar, do húmus que cobre a terra.

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