sexta-feira, 6 de setembro de 2024

A memória do ar (33)

Pedro Chorão, sem título, 1977 (Gulbenkian)

O horizonte abre-se para que as memórias aéreas trazidas pelo vento possam espalhar-se pelo mundo, cobrindo de chuva a secura campos, envolvendo de verde a pedra das montanhas, estremecendo as ondas perdidas do mar, flutuando nas águas puras dos rios, cerzindo aldeias desavindas, derramando luz sobre a crueza incendiada das grandes cidades. 

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