Hein Semke, Também AD., 1980 (Gulbenkian) |
De Setembro o cântico e a
sombra,
a promessa de dias de luz
amena,
de um mar revoltado no sossego
das manhãs, na volúpia do
crepúsculo.
Somos anjos perdidos nesta
terra,
submetemos o corpo e a alma
ao ditado imposto pelo tempo,
a tragédia trazida ao nascer.
Uma rosa translúcida cintila
sobre o mar de Setembro, sobre
a luz
do crepúsculo, sobre o sal do
dia.
Procuramos incógnitos o estado
esquecido na hora de nascer,
olvidado no tempo que se escoa.
Setembro de 2024
Sem comentários:
Enviar um comentário