segunda-feira, 4 de março de 2019

O sal do silêncio (6)

Francisca Muñoz y Manuel Herrera, Abstracción, 1982-97

Era um mapa de antigos desvarios, uma carta sobre o estado dos campos, o sinal aberto para a devassa dos curiosos. Quem assim falava, não o sei. O que sei, e talvez isso não seja pouco, é que nos olhos dela floriu a luz de um sorriso e a noite iluminou-se, libertando-se das trevas como quem se liberta de uma longa servidão.

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