Herbert Boeckl, Allée II, 1919
Imagino ouvir o canto das cigarras, mas são apenas sílabas
ociosas que retinem nos meus ouvidos, pedaços de som perdidos na vinha agreste
do silêncio, uma mão cheia de terra que se atira para o olival. A noite desce
sobre o meu peito e, a compasso, o coração cúmplice bate ao som do canto que as
cigarras sibilam no sumptuoso palácio da fantasia.
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