Georges Braque - El puerto de El Havre (1903)
Há uma mitologia literária fascinante e fascinada em torno dos portos. Compreende-se que, antes da aviação, o lugar de partida para longe e o de chegada vindo ou de quem vem de longe tenha esse poder de encantamento. Contudo, a possibilidade de ser encantado reside já na experiência espiritual e interior dos homens. Também a viagem espiritual é um chegar e um partir, sempre pontuada por um porto, um porto simbólico. E estes, por inesperados e inusitados que sejam, são uma referência e uma que ajudam a desenhar o sentido da viagem interior.
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