Ferdinand Hodler - O dia (figura) (1899)
438. A volúpia de um sonho na manhã
A volúpia do sonho na manhã
abre um caminho de luz
na cama desfeita da noite.
A floresta espera o teu rosto,
o sagrado bulício do silêncio,
a chama do nome que te deram.
Conto as horas que faltam,
suspiro com o vento na ramagem,
brilho se o sol cai em mim.
espero que chegues,
um rumor de passos na terra.
Uma sombra toca-me ao de leve.
Trémulo, volto-me para
o prodígio do teu corpo na erva.
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