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Frantisek Kupka - Composição em azul (1925)
Não há mapas ou cartas que ajudem o viandante no seu caminho. Na verdade, o caminho de cada homem, mesmo o do mais previsível dos homens, é sempre inédito e nunca cartografado. Por vezes, há viandantes que deixam atrás de si aquilo que parece ser um mapa, que poderá ajudar outros viandantes. Isso, porém, não passa de um equívoco. O que parece um mapa seguro e passível de ser seguido não passa de uma composição, onde alguém deixou o testemunho do caminho que trilhou, caminho esse que, mal foi trilhado, logo deixou de estar disponível. Aquele que quer fazer a viagem para o centro de si mesmo, para o que há de mais oculto e secreto em si, pode ver como os outros compuseram o seu caminho, mas deverá saber que para ele aquela composição é inútil, pois o seu caminho é singular e só por si mesmo pode ser trilhado.
E é nesta tensão entre testemunho dos outros e absoluta necessidade de experimentar a estrada que a humanidade tem que gerir a existência, sabendo que o conhecimento anterior não garante que a estrada real seja idêntica à estrada conceptual.
ResponderEliminarTalvez mesmo o melhor seja deitar os conceitos fora.
EliminarNão conseguimos somos Europeus, conseguimos refutar uns e abraçar outros, mas evoluir sem ser através da razão lógica é uma tarefa para a qual não estamos preparados geneticamente.
EliminarHá na Europa, apesar de pouco citada, toda uma tradição não conceptual que passa por coisas tão diferentes como a mística - desde a renana à espanhola - ou a filosofia de Nietzsche, para não falar nas raízes gregas, onde ao lado da filosofia cresceu a poesia lírica e trágica. Por outro lado, a própria arte representa, muitas vezes, uma revolta contra a razão lógica.
EliminarNos caminhos mais transitados, as pegadas dos que chegam... apagam as pegadas daqueles que passaram...
ResponderEliminarTalvez o caminho que cada um deve seguir seja intransitável por outro qualquer.
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