Ramón Casas Carbó - Flores deshojadas (1894)
436. Toco no orvalho que escondes
Toco no
orvalho que escondes
e oiço o
murmúrio do mar
sob o
império da minha boca.
Um silêncio
de azul cobre-te
e em cada
mão há uma rosa
que
desfolhada me aguarda.
Nestes dias
de outono, canto
o teu corpo
macerado no amor,
a espera com
que te entregas
na noite, perfumada
e silenciosa.
Púrpura descida dos céus,
ave de luz canta em mim.
Muito bonito, um poema cheio de noites perfumadas e murmúrios do mar.
ResponderEliminarMuito obrigado, UJM.
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