Terence Cuneo - De Puerto a Puerto
Um porto não é um lugar para permanecer. O viandante chega e, mal põe os pés em terra, logo se prepara para partir. O seu lugar não é a terra firme da certeza, mas o mar revolto e as trevas da noite. Atrás de si apaga-se o rasto e é como nunca houvesse por ali passado.
Assim, posso deduzir que o Viandante olha o mundo como um imenso porto, ou como não existindo um porto no mundo?
ResponderEliminarObviamente que a questão não se coloca em termos de um porto físico, material, com cais e outras infraestruturas, mas sim de um ponto no espaço, que motive no Viandante o desejo de parar para reflectir.
As duas são verdade. O mundo é um imenso porto, porque nele está ancorado, por um curto espaço de tempo, cada um de nós. Ao mesmo tempo, não existe porto algum, pois há que caminhar sempre e sempre.
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