terça-feira, 14 de maio de 2024

Geometrias de fogo (30)

Paula Rego, Contos populares portugueses, 1975 (Gulbenkian)

Há no fogo uma beleza rude, o exercício de um fascínio arcaico, a promessa de uma grande espectáculo. As labaredas dançam e o espírito deixa-se contaminar pela variação e mudança que elas, como um velho dragão, sopram sobre o mundo. Tudo muda, pensa-se, enquanto o fogo permanece firme na sua impermanência.

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