Francisco Suñer, Cabeza azul, 1984 |
Fantasio dias de sol tolhidos
no labirinto da luz.
Sombras furtivas
descem
e traçam sinais
na verdura dos
caminhos.
Mulheres azuis pelas
rua,
trazem nos seios
o desejo que me
incendeia,
promessa de água
na cornucópia do
vento.
Recordo-me das primeiras
letras.
Escrevo-as rente à
noite
e espero nelas
a revelação de um nome
no silêncio do teu
silêncio.
Abril de 2020