Lucio Fontana, Ambiente spaziale (Labirinto bianco), 1968 |
Os frutos de Setembro
vêm longe
e no caderno azul
há páginas brancas,
presas por fio de
sisal.
Vão estreitos os dias,
a luz do sol
coalha no mantel de
linho
esquecido sobre a
mesa.
Não guardei nenhuma
palavra
das que me deste.
Dissipei-as
na tristeza do
entardecer.
Sem mácula, deixo os
olhos
correr em silêncio
e uma rosa abre-se em
rumor.
Março de 2020
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