W. Eugene Smith, Steelworker, 1955 |
A câmara mostra a máscara negra que cobre o rosto daquele que trabalha o ferro, como se o operar sobre a matéria fosse um segredo que exigisse o velamento do operador, o mago que gera metamorfoses no mundo, o torna outro, abrindo caminhos insuspeitos, cheios de promessas, plenos de perigos. A face de quem tem tais poderes deve estar velada, para que o segredo que a habita não resplandeça nela e contamine quem a olhar, enchendo os incautos de pavores inúteis e de esperanças vãs.
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