domingo, 21 de janeiro de 2024

Geometrias de fogo (24)

Noronha da Costa, Pôr do Sol (Gulbenkian)

O sol cinda-se em línguas de fogo. Ao arderem, abrem a terra aos segredos do céu. Brilham na antecâmara da noite, dançam trémulas na casa do crepúsculo, contorcem-se em ondas luminosas, como se nelas houvesse a presença de um abecedário que, tocado pela cintilação do fogo, se desdobrasse em mil línguas, conhecidas e desconhecidas, públicas e secretas, puras e impuras.

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