António Sena, Pintura, 1972
A lenta crispação da matéria estrutura pequenas barreiras, como se fossem dunas ainda na infância, ou os primeiros traços que a criança deixa nas paredes da casa. Ainda se está longe da matéria organizada que dá vida a estrelas e planetas, mas há muito que grandes nuvens de poeira prometem, na obscuridade sem fim, tornarem-se em galáxias que se arrastarão pelo vazio, criando espaços e polvilhando o negro com pétalas de luz. Soltam-se os primeiros sons, abrindo um longo caminho para que nasçam os ouvidos que os possam escutar. |
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