quarta-feira, 29 de março de 2017

No reino da imobilidade

Teresa Muñiz - Aunque se mueva es pura apariencia (1998)

Uma antiquíssima tradição filosófica ligou o movimento e a aparência. O real seria o imóvel, cabendo a mobilidade ao reino das aparências. A arte - desde a pintura à fotografia, passando pela escultura - não se cansou de manifestar contra-exemplos. Também as aparências são imóveis. Se o real e o aparente são imóveis, o que será o movimento? O cinema veio dar-nos, através do fotograma e da sua montagem, uma imaginativa resposta para o enigma do movimento. Ele não passa de uma sequência de imobilidades.

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