Jeffrey Smart - Approaching storm by railway (1955)
Pode-se olhar a tempestade do ponto de vista estético e encontrar nela a encarnação do sublime. Pode-se encará-la do ponto de vista ético como um teste à coragem daqueles que por ela são apanhados. O sublime e a coragem, porém, estão longe de ser o essencial ao atravessar a tempestade. A revelação fáctica da nossa fragilidade e da nossa finitude são o fundamental e é essa revelação que permitirá fazer a experiência plena do extraordinário que irrompe do ordinário, do extra-normal que irrompe na norma. A tempestade é um lugar de epifania.
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